New York City, 12 de Outubro de 2004
Querida Emily,
Estou partindo para o Sul e Centro-Oeste do país agora. Ficaremos na estrada até o fim do mês, talvez até
um pouco mais.
Tanto Zac quanto Ike querem voltar pra casa para passar seus aniversários com suas namoradas, mas acho sinceramente que isso é missão impossível, nossa agenda ta super cheia e corrida – Graças a Deus!
Estamos trabalhando bastante, quase não temos tido tempo para descansar ou nos divertir. Isso é ruim e bom ao mesmo tempo: ruim porque as vezes beiramos a exaustão e quando isso acontece, a qualidade do trabalho cai drasticamente; bom, porque só assim paro de pensar em como você está me torturando não me respondendo.
Eu te conheço bem o bastante pra saber que você está recebendo as cartas e lendo-as. Só não sei de você as está guardando ou jogando fora – isso tanto faz na verdade, desde que você leia e tome conhecimento de como me sinto.
As vezes me sinto completamente estúpido fazendo esse monólogo escrito, tenho vontade de botar fogo em todas as folhas e canetas e deixá-las virar cinza juntamente com meu sentimento por você... mas não consigo!
Meu sentimento por você é mais forte que qualquer coisa nesse mundo e é indestrutível e imortal. E eu sou muito fraco pra destruí-lo.
E mesmo se fosse forte, não o destruiria jamais! A não ser que quisesse morrer, porque é esse amor que sinto por você que me mantém vivo.
Alias o que me mantém vivo de verdade é essa esperança que tenho de um dia você me perdoar e nós voltarmos a ser como éramos. Ou melhor: seremos melhores do que éramos. Pelo menos EU serei! Eu te prometo!
Talvez eu passe o Natal em Tulsa esse ano... Não que eu queira de verdade, mas estou praticamente sendo forçado. Nunca mais voltei lá desde que Tulsa perdeu o interesse pra mim. Sabe quando foi isso? Quando você foi pra Londres. Isso mesmo: tem 2 anos que não vou a Tulsa. E não pretendo voltar. A menos que... Você não vai passar o Natal lá esse ano por acaso? Talvez eu vá só pra ver se você vai.
Alias, tive uma idéia: não precisa me responder nenhuma carta, apenas apareça em Tulsa no Natal. Se você sente alguma coisa por mim, mesmo que seja puro ódio, por favor, apareça em Tulsa e deixe-me vê-la, nem que seja por um minuto e à distância, só deixe-me vê-la mais uma vez.
Enquanto estiver lá te esperarei todos os dias na colina daquele antigo cinema drive-in que a gente “invadia” quando éramos crianças e onde demos nosso primeiro beijo, lembra?
Todos os dias irei assistir ao pôr-do-sol...
Ao NOSSO pôr-do-sol.
E te esperarei lá para assistir comigo.
Com amor,
Taylor.